Guantanamo

Cultura, união e resiliência em “Guantanamo” da Outlandish

A música “Guantanamo”, do Outlandish, utiliza referências à cultura cubana para criar uma ponte entre diferentes origens culturais, refletindo a própria diversidade dos integrantes da banda, que têm raízes marroquinas, paquistanesas e hondurenhas. A letra mistura espanhol e inglês, além de mencionar comidas típicas, sons locais e cenas do cotidiano, como “super Mercado”, “barbeque”, “Hawaiian shirts, Havana cigars” e “las palmas como el Ché”. Esses elementos reforçam o orgulho, o pertencimento e a integração cultural, mostrando como a celebração de Cuba também representa a união de diferentes culturas.

A música destaca a alegria e a simplicidade do povo cubano, mesmo diante das dificuldades. Um exemplo é o trecho “Lights out, ain't got no electricity for the rest of the night / We don't care, lighters up” (Acabou a luz, não temos eletricidade pelo resto da noite / Não nos importamos, acendam os isqueiros), que mostra a resiliência e o espírito festivo. O refrão “Mi casa y su casa – Guantanamo” reforça a hospitalidade e o senso de comunidade. Ao mencionar “moros” e misturar ritmos e línguas, a banda evidencia sua identidade multicultural e homenageia a mistura de culturas. O verso “Los problemas no se ocultan / Pero hay dulzura al pasar” (Os problemas não se escondem / Mas há doçura ao passar) ressalta o orgulho pelas raízes e a capacidade de celebrar a vida apesar das adversidades. O tributo se estende a toda a ilha no final, com “Esto va para Alamar y para el resto de mi Cuba”, reforçando o sentimento de união e pertencimento.