E Is For Estranged

A Melancolia e a Alienação em 'E Is For Estranged' de Owen Pallett

A música 'E Is For Estranged' de Owen Pallett é uma reflexão profunda sobre a alienação, a busca por identidade e as complexidades das relações familiares. A letra começa com uma metáfora poderosa, comparando meninos a água que corre incessantemente, simbolizando a busca constante por algo mais, talvez uma identidade ou um propósito. A casa descrita como um albergue sugere um lugar de passagem, onde a paz é temporária e a solidão é constante, refletindo a sensação de vazio e transitoriedade.

O narrador se descreve como um 'pássaro sem voo' e um 'mentiroso', alimentando um 'fogo falso' com fatos, o que pode ser interpretado como uma confissão de fraqueza e desilusão. A menção ao 'pathos' nascido de 'besteiras em trajes formais' sugere uma crítica à superficialidade e à hipocrisia das convenções sociais. A imagem do filho aos dezessete anos, com projeções de sombras em seu corpo nu, é uma metáfora visual que evoca vulnerabilidade e a passagem do tempo.

Aos vinte e cinco anos, o filho está preso ao vício em cetamina, uma droga dissociativa, o que intensifica o tema da alienação. A maquiagem nas feridas e a composição de pequenos elogios diários indicam uma tentativa desesperada de encontrar beleza ou significado em meio ao caos. As cartas confusas e cheias de desculpas enviadas ao narrador reforçam a desconexão e a dificuldade de comunicação. A repetição do refrão sobre ser um 'pássaro sem voo' e um 'mentiroso' sublinha a sensação de impotência e a luta interna do narrador.