Under the Graveyard

Dor e redenção em "Under the Graveyard" de Ozzy Osbourne

"Under the Graveyard", de Ozzy Osbourne, expõe de forma direta o período de autodestruição e isolamento vivido pelo artista após sua saída do Black Sabbath. O verso “Today I woke up and I hate myself” (Hoje acordei e me odeio) revela o peso da autodepreciação e dos vícios que marcaram essa fase. A repetição de “My misery owns me” (Minha miséria me domina) reforça a sensação de estar preso à própria dor, sem conseguir se libertar.

A metáfora do cemitério, presente no refrão “Under the graveyard, we're all rotting bones” (Sob o cemitério, todos somos ossos apodrecendo), vai além da mortalidade: ela simboliza a solidão e a decadência que todos enfrentam, independentemente das conquistas. O trecho “Everything you are, can't take it when you go” (Tudo o que você é, não pode levar quando se vai) destaca a efemeridade da vida e dos bens materiais. O videoclipe aprofunda esse significado ao mostrar Sharon Osbourne como peça fundamental na recuperação de Ozzy, mesmo sem ser citada na letra. O verso “Closer to home because the end is near” (Mais perto de casa porque o fim está próximo) ganha novo sentido ao sabermos que o apoio de Sharon foi decisivo para que Ozzy rompesse o ciclo autodestrutivo. Assim, a música retrata não só a vulnerabilidade e o desespero, mas também sugere que o suporte de alguém pode ser essencial para superar momentos sombrios.