frequente(mente) (part. Chameleo)

Ciclos de mentira e superação em "frequente(mente)"

O título "frequente(mente)" traz um duplo sentido importante: além de sugerir algo que acontece repetidas vezes, destaca a palavra "mente", apontando para a mentira constante no relacionamento retratado na música. Essa ideia aparece claramente no refrão, quando Pabllo Vittar canta: “você diz que não / mas tô ligado que cê mente / frequentemente”. Aqui, fica evidente o ciclo de mentiras e a desconfiança que se instala entre os parceiros, mostrando que a falsidade virou parte da rotina e da mentalidade do outro, tornando impossível reconstruir a confiança.

A letra mostra a frustração de quem percebe que está preso em padrões repetitivos, como em “e tudo se repete, não sei onde eu tô errando”. O verso “calma que pra sua arma / sou à prova de bala” usa uma metáfora de autodefesa emocional, indicando que, apesar das feridas causadas pelas mentiras (“o efeito do veneno deixa cicatrizes”), existe uma tentativa de se proteger e seguir em frente. Na segunda parte, a música aprofunda o processo de libertação: “te joguei no abismo que só me feria e larguei tua mão” marca a decisão de romper com o ciclo tóxico, enquanto “achei o caminho que livra da algema” reforça a busca por autonomia e cura. A colaboração entre Pabllo Vittar e Chameleo, marcada por amizade e sintonia, fortalece a mensagem de apoio mútuo e superação diante das decepções e da desconfiança.