Minaj

Empoderamento e ousadia em “Minaj” de Pabllo Vittar

Em “Minaj”, Pabllo Vittar faz mais do que homenagear Nicki Minaj: ela incorpora o espírito de empoderamento e ousadia que a rapper representa. A escolha do nome já sinaliza essa intenção, mas é na letra e na performance que Pabllo realmente assume o controle. Ao dizer “Quem manda aqui sou eu e eu vou te enlouquecer”, ela inverte papéis tradicionais, colocando-se como protagonista do desejo e da ação. Essa postura é reforçada em versos como “Eu não sou discreta, gosto de arrasar” e “Gosto de homem que sabe o que quer / E que na cama me faça mulher”, onde a sexualidade é celebrada de forma aberta e sem pudor, alinhando-se à imagem de Nicki Minaj e ao clima do videoclipe gravado em um motel, que exalta liberdade e prazer.

A música também traz elementos de ostentação e glamour, como em “Pegue lá no carro as malas de Paris” e “Sei que uma foto é o que você quer / Mas, por favor, não amasse o meu megahair”. Essas referências à cultura pop e à vaidade aparecem de forma leve e divertida. O refrão “Que não é miragem, é Minaj” destaca a presença marcante de Pabllo, comparando seu impacto a algo surreal, mas real. Ao adaptar “Partition” de Beyoncé para o português, Pabllo reforça a narrativa de autoconfiança e desejo, usando a figura de Minaj como símbolo de quem domina seu espaço, corpo e sexualidade, sem medo de julgamentos.