Planta 7 (part. Vicente Amigo)

Esperança e solidariedade em "Planta 7 (part. Vicente Amigo)"

Em "Planta 7 (part. Vicente Amigo)", Pablo Alborán faz um tributo sensível ao ambiente hospitalar, inspirado por sua vivência ao acompanhar um familiar em tratamento de câncer. A referência direta à "planta 7" transforma o andar do hospital, normalmente associado à dor e à incerteza, em um símbolo de esperança e solidariedade. O verso “Valencia esconde un cielo que grita por los dos” conecta a cidade ao momento vivido, sugerindo que, mesmo em meio à adversidade, existe beleza e apoio compartilhado. Assim, Alborán mostra que lugares marcados pelo sofrimento também podem ser cenários de superação e afeto.

A letra valoriza a dedicação dos profissionais de saúde, especialmente em “hay quien se deja y se deja la vida por quien no puede” (há quem se doa e entrega a vida por quem não pode), reconhecendo o esforço de quem cuida dos pacientes. Ao afirmar “las cosas buenas también suceden” (coisas boas também acontecem), o artista reforça a importância de manter a esperança diante das dificuldades. A imagem dos “luceros en peligro de extinción” (estrelas em perigo de extinção) representa tanto pacientes quanto profissionais, vistos como luzes raras e essenciais para enfrentar a doença. O refrão destaca a empatia e a comunidade: “somos todos pasajeros con el pulso de la vida en las manos de un lucero” (somos todos passageiros com o pulso da vida nas mãos de uma estrela), mostrando que todos compartilham vulnerabilidade e força naquele ambiente. A música transforma uma experiência pessoal dolorosa em uma mensagem universal de gratidão, esperança e humanidade.