Gitana (part. Bryartz)

Tradição e paixão intensa em “Gitana (part. Bryartz)”

Em “Gitana (part. Bryartz)”, Pablo Chill-E e Bryartz unem referências culturais e emocionais para criar uma música marcada por intensidade e nostalgia. O termo "gitana" não é apenas uma escolha estética: ele remete à tradição flamenca, especialmente ao clássico de Manzanita, e simboliza uma mulher livre, misteriosa e apaixonante. Essa figura central fascina e desestabiliza o narrador, trazendo à tona sentimentos profundos. Bryartz, que cresceu ouvindo flamenco nas Ilhas Canárias, incorpora essa influência à faixa, misturando o drama e a nostalgia do gênero espanhol ao estilo urbano de Pablo Chill-E.

O refrão, com versos como “carita morena” e “llerei-llerei-llerei”, cria um clima hipnótico e reforça a obsessão do narrador pela mulher cigana, mostrando como a lembrança dela domina seus pensamentos. A letra explora uma paixão intensa e dolorosa, evidenciada em trechos como “por ti me desvelo, por ti yo me quemo, hasta por ti yo matara” (por você eu perco o sono, por você eu me queimo, até por você eu mataria) e “si no tengo tus beso' en las noche' fría', me desespero” (se não tenho seus beijos nas noites frias, eu me desespero). A ausência da amada traz sofrimento e melancolia, como em “tengo melancolía de no volver a verte de nuevo” (tenho melancolia de não voltar a te ver de novo). A fusão entre o urbano e o flamenco potencializa o drama, transformando a música em um lamento moderno sobre amores marcantes. O sucesso viral da faixa mostra como essa mistura de tradição e atualidade conecta diferentes públicos por meio de sentimentos universais de desejo e perda.