D>E>A>T>H>M>E>T>A>L

A Desconstrução do Cotidiano em 'D>E>A>T>H>M>E>T>A>L' de Panchiko

A música 'D>E>A>T>H>M>E>T>A>L' da banda Panchiko, mergulha em uma narrativa que parece explorar temas de alienação, desajuste e crítica social através de uma lente sombria e introspectiva. A letra começa com uma descrição de uma mulher que esquece as chaves do carro e flores para os amigos, sugerindo um estado de distração ou sobrecarga mental. A menção de que ela está medicada e é chamada pejorativamente de 'harpy' (harpias, criaturas mitológicas conhecidas por serem raptoras) introduz um estigma em torno de sua saúde mental.

O refrão da música repete a ideia de se apegar a alguém especial, educar alguém com problemas mentais e enfrentar figuras de autoridade, simbolizadas aqui como 'porcos gordos'. Essa repetição pode ser interpretada como uma crítica à maneira como a sociedade lida com indivíduos que se desviam das normas convencionais. A referência ao 'deathmetal' não apenas contextualiza musicalmente, mas também pode simbolizar uma forma de escape ou resistência contra as pressões normativas.

A estrutura da música, com suas repetições e interrupções abruptas ('Don't play the track'), sugere uma rejeição ao convencional e uma luta para manter a autenticidade em um mundo que muitas vezes parece incoerente ou hostil. A música termina com uma ambiguidade sobre o destino da mulher, deixando um sentimento de incerteza e reflexão sobre a identidade e a resistência individual.