Dobro de Vilão - Doutor Robotnik (Sonic 3: O Filme)

“Dobro de Vilão - Doutor Robotnik (Sonic 3: O Filme)” e ego

Em “Dobro de Vilão - Doutor Robotnik (Sonic 3: O Filme)”, Papyrus da Batata transforma a vilania em herança de família: “dobro” é a soma de dois Robotniks e a amplificação do plano. A narrativa é conduzida por Ivo Robotnik, que alterna entre o comando e a revelação do laço com Gerald. Ele passa do estranhamento — “O que é isso que está junto de vocês?” — ao reconhecimento afetivo e cruel: “Então, você é meu avô… Principalmente o bigode, e o ódio pelas pessoas”. O encontro vira pacto: “Se queremos dominar / Por isso veja a minha família acabou de crescer”, que desemboca no refrão de espetáculo: “Hoje o palco é nosso / Diz: Oh, não! Pro Dobro de Vilão”. Lançada em 9 de fevereiro de 2025, a faixa foi pensada para dialogar com Sonic 3: O Filme, explorando a parceria Ivo–Gerald e citando diretamente a linhagem Robotnik e a G.U.N.

O conflito escala quando o custo da conspiração aparece nas referências ao universo de Sonic: “A G.U.N manteve preso o seu avô”, a missão “Invade a G.U.N pra pegar a chave”, “Shadow nos salvou” e o plano orbital: “No espaço nosso plano tá bem perto”. O ponto de ruptura vem no choque de objetivos: “Vamos dominar! Não, Ivo, vamos destruir a Terra!”, revelando Gerald mais radical que o neto. A partir daí, o “dobro” vira ameaça, enquanto Ivo oscila entre o narcisismo — “Só existe um Robotnik” — e uma tentativa torta de salvação: “Talvez eu possa salvá-lo do meu jeito”. O clímax inclui a última transmissão ao fiel Agente Rocha, misturando humor ácido e tragédia farsesca, marca do canal. No fim, legado, ego e traição disputam o centro do palco que a música transforma em arena de poder.