Glorioso Propósito - Loki (Parte 2)

Conflito e redenção em "Glorioso Propósito - Loki (Parte 2)"

"Glorioso Propósito - Loki (Parte 2)", de Papyrus da Batata, explora o conflito interno de Loki diante da responsabilidade de salvar o multiverso, enquanto lida com o medo da solidão e a busca por redenção. A letra utiliza elementos da série da Marvel para abordar temas como autodescoberta e aceitação das próprias falhas. Um exemplo disso aparece quando Loki reflete: “talvez voltar no tempo não seja a minha falha / É uma habilidade a ser controlada”. Aqui, manipular o tempo simboliza aprender com os próprios erros e amadurecer, indo além de um simples poder.

A música acompanha a jornada de Loki entre passado e futuro, trazendo referências diretas à AVT, Mobius, Sylvie e Aquele Que Permanece. O questionamento “Qual tipo de Deus eu devo ser? / O que eu posso fazer?” revela a crise de identidade do personagem, que busca entender seu papel e propósito. A repetição de “revivendo, revivendo, revivendo cada momento / Correndo, correndo pra salvar o tempo” transmite a exaustão e a urgência de Loki ao tentar consertar as linhas do tempo e proteger quem ama. O verso “Eu nunca fui um herói / Mas farei por vocês / Por todos nós” marca a superação do egoísmo e a escolha pelo sacrifício em prol do coletivo.

Nos versos finais, a atmosfera melancólica se intensifica quando Loki aceita que talvez nunca seja reconhecido como herói, mas encontra sentido em proteger as histórias dos outros “sem buscar recompensa”. O uso do “tic-tac” e a imagem do sol nascendo reforçam a ideia de esperança e renovação, mesmo diante do sofrimento. Papyrus da Batata transforma a trajetória de Loki em uma reflexão sobre propósito, coragem e a importância de deixar ir.