Spotify

A presença digital e cotidiano em “Spotify” de Passer

Em “Spotify”, Passer utiliza a repetição do nome da plataforma como uma forma de destacar o quanto sua carreira está ligada ao universo digital e ao alcance proporcionado pelo streaming. Ao citar frases como “meu mano me ouviu no Spotify”, “sua mãe já me ouviu no Spotify” e “sua tia dança ouvindo Spotify”, o artista mostra que sua música faz parte do dia a dia de pessoas de diferentes idades e contextos. Isso reforça o impacto cultural e a democratização do acesso à sua arte, mostrando como o streaming tornou possível que sua música chegue a todos os públicos.

Além disso, Passer mistura referências de luxo, como “compro minha Ferrari e pago mais” e “tô comprando off white”, com situações cotidianas, como “X bacon no meu pão francês” e “eu só vou de Waze”. Essa combinação aproxima o artista do público, mostrando que, apesar do sucesso e das conquistas, ele mantém uma conexão com a realidade comum. As menções a marcas como Maze e Off-White, pagamentos em dólar e compras no PayPal reforçam a ideia de ascensão social e globalização. O verso “só preto no topo pai” destaca o orgulho de ser um artista negro em posição de destaque. Por fim, ao brincar com a ubiquidade do streaming — seja “andando de bike”, “deitado com a sua mina” ou até “no velório” —, Passer celebra a facilidade de acesso à sua música e a presença constante da cultura digital no cotidiano.