Champagne

Champanhe como símbolo de despedida em “Champagne”

A música “Champagne”, de Patrick Dimon, explora o lado melancólico de um amor proibido, usando o champanhe como símbolo central. Originalmente composta por Peppino Di Capri, a canção mostra que o brinde, normalmente associado à celebração, aqui representa um ritual solitário de despedida. O protagonista se encontra com alguém comprometido, e o champanhe serve tanto para marcar a doçura do segredo quanto para aliviar a dor da impossibilidade desse relacionamento. A repetição da palavra “champagne” reforça essa dualidade, funcionando como metáfora para a paixão escondida e o peso emocional que ela carrega.

A letra descreve o início de uma festa, onde o personagem principal só tem olhos para a pessoa amada, ignorando todos ao redor: “Per me non contavano gli altri / Seguivo con lo sguardo solo te” (Para mim, os outros não importavam / Eu só te seguia com o olhar). O convite para ficarem a sós, mesmo sob uma desculpa simples, revela o desejo de viver aquele momento proibido, mesmo sabendo que será breve: “La prima volta, l’ultima” (A primeira vez, a última). Quando o romance termina, resta apenas um copo e uma lembrança a ser descartada: “Ormai resta solo un bicchiere / E dun ricordo da gettare via” (Agora só resta um copo / E uma lembrança para jogar fora). O brinde solitário, que poderia parecer estranho para os outros, é a forma que o protagonista encontra para marcar o fim desse amor: “Ma io, io devo festeggiare / La fine di un amore / Cameriere, champagne!” (Mas eu, eu preciso comemorar / O fim de um amor / Garçom, champanhe!). Assim, a música transforma o champanhe em símbolo de saudade e de encerramento, trazendo uma melancolia delicada e universal.