
Canto Das Três Raças
Paulo César Pinheiro
Dor coletiva e resistência em “Canto Das Três Raças”
“Canto Das Três Raças”, de Paulo César Pinheiro, aborda de forma direta o sofrimento histórico das três principais etnias que formaram o Brasil: indígenas, africanos e europeus. A música transforma o “canto” em símbolo de resistência e dor, mostrando que, mesmo após lutas marcantes como a dos quilombolas de Palmares e dos inconfidentes mineiros, o sofrimento coletivo não foi superado. O verso “Quando pode cantar, canta de dor” resume essa ideia, indicando que a música, em vez de ser apenas celebração, se torna um desabafo diante das injustiças vividas ao longo da história.
A letra faz referências claras a episódios reais de opressão: o “índio guerreiro” levado ao cativeiro, o “negro entoou um canto de revolta” nos quilombos e a “luta dos inconfidentes pela quebra das correntes”. Apesar dessas resistências, a canção destaca que “nada adiantou”, sugerindo que a dor persiste de geração em geração. Ao afirmar ser “negro, branco, índio”, Paulo César Pinheiro reforça que essa dor é coletiva e faz parte da identidade nacional. A interpretação de Clara Nunes foi fundamental para dar visibilidade à mensagem, consolidando o samba como espaço de denúncia social. O trecho “o canto do trabalhador devia ser um canto de alegria, mas soa apenas como um soluçar de dor” evidencia que, apesar das mudanças históricas, a desigualdade e o sofrimento ainda marcam a vida do povo brasileiro.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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