Não Creio Em Mais Nada

Solidão e resignação em "Não Creio Em Mais Nada" de Paulo Sérgio

"Não Creio Em Mais Nada", de Paulo Sérgio, destaca-se por retratar a resignação diante do sofrimento, indo além do tema do desamor e se aproximando de uma visão existencialista da vida. O verso “Já me perdi na estrada / Já não procuro carinho / Me acostumei na caminhada sozinho” mostra não só a solidão, mas também a aceitação amarga de que o sofrimento faz parte da existência. Essa abordagem reflete a influência do existencialismo nas composições de Paulo Sérgio, que frequentemente explorava a angústia e a busca de sentido em meio às adversidades.

A letra traz metáforas como “A vida toda só pisei em espinho”, ilustrando a presença constante da dor e das dificuldades. Versos como “Não sei o que faço / A minha vida é uma luta sem fim” e “Há dias na vida que a gente pensa que não vai conseguir” expressam exaustão emocional e impotência. O refrão “Não creio em mais nada” resume a perda de fé e esperança, mostrando um personagem que, após tantas decepções, já não espera consolo ou mudança. Essa perspectiva sombria e introspectiva é uma marca do repertório de Paulo Sérgio, conectando sua obra ao contexto existencialista, onde o sofrimento é visto como parte inevitável da vida.