Tabaco Com Haxixe (part. Yungpedrin)

Vivências urbanas e autenticidade em “Tabaco Com Haxixe (part. Yungpedrin)”

“Tabaco Com Haxixe (part. Yungpedrin)”, de Pcn Boladão, retrata de forma direta o cotidiano das ruas de São Paulo, misturando referências ao consumo de haxixe e OG kush, ostentação de marcas e carros, e a vivência urbana ligada ao trap brasileiro. O título já deixa claro o tema central: a combinação de tabaco com haxixe, que representa não só o uso recreativo de drogas, mas também um estilo de vida associado à juventude e à cultura underground. Versos como “Sente o cheiro da marola / E já sabe que é do martinica” fazem referência ao aroma da maconha, enquanto “Passei bolado em cima do foguete” sugere tanto o uso de drogas quanto a sensação de estar em outro patamar, reforçando a autossuficiência e o distanciamento dos “lames” (pessoas vistas como sem atitude ou autenticidade).

A música utiliza uma linguagem crua e autêntica para expor experiências pessoais, como em “Tô pensando em grana tô chapando nessa wave / Tô em outro plano esses manos são tão lames”. Aqui, a busca por dinheiro e prazer se mistura à ideia de estar em uma vibe diferente, distante de problemas e pessoas falsas, um tema comum no trap. As menções a marcas como Airmax e Mizuno, carros como Jaguar, e tatuagens feitas pelo próprio artista reforçam a identidade urbana e a valorização da autenticidade. O trecho “Plugshwatycafetão é meu vulgo / E o motivo essas mina do lado” brinca com o duplo sentido de “cafetão”, enquanto “Liberdade pro meu mano gjf que continua privado forte abraço” traz um tom de solidariedade e crítica social, mostrando que, apesar do tom descontraído, a música também reflete sobre a realidade difícil de quem vive nas ruas.