Menino Conquista (part. Sonni)

Superação e origem em “Menino Conquista (part. Sonni)”

Em “Menino Conquista (part. Sonni)”, Pedrin assume o “menino” como sinal de força, não de imaturidade. A base em Fá menor, a 119 BPM, sustenta um clima de reflexão combativa: impulso de vitória com os pés no chão. Aos 19 — “19 anos nesse corpo... tô numa linda subida” — ele registra a virada rápida (“olha quanta coisa acontece em tão pouco tempo”) e vincula disciplina ao autoconhecimento (“depois que passei a olhar pra mim, vi o mundo tão pequeno”). As imagens de território — “Eu cresci na favela, na luz amarela”, “eu desço o morro” — ancoram a ascensão na origem carioca do artista. O feat com Sonni reforça a ideia de conquista compartilhada, visível no compromisso de levar os seus: “trago meus amigo todo”. A vitória aqui é de rede, não só individual.

A narrativa encara a fama com ambiguidade: reconhecimento vem junto de desconfiança. Ele aponta falsidade e inveja — “apertar minha mão, e mesmo assim me detesta”; “tá me olhando com olho maior do que a testa” — e faz um corte moral em “Tá achando que é bonito ser feio”, em que “feio” é atitude torta, não aparência. “Tá me olhando mas não me enxerga” critica quem vê o brilho e ignora a caminhada. Há duplo sentido em “Sua amiga... veio conferir se o Pedrin não presta”: checagem de caráter ou curiosidade/atração, sinal de como a imagem pública alimenta boatos e desejo. No refrão “Hoje o menino conquista / hoje minha estrela brilha”, “estrela” junta fama e destino, e “conquista” vale tanto para objetivos quanto para respeito — fruto de superação, não de ostentação.