A.M.O.R

O amor como elo universal em “A.M.O.R” de Pedro Abrunhosa

Em “A.M.O.R”, Pedro Abrunhosa transforma a palavra amor em um mantra, repetindo “A-m-o-r” para enfatizar sua importância como elo universal entre as pessoas. A letra destaca que, acima de crenças ou diferenças, o amor é o que realmente une a humanidade. No trecho “Podes rezar ao teu Deus que eu rezo ao meu / Talvez o meu Deus seja o teu / Porque só há um Deus no nosso céu / Chama-se a-m-o-r”, Abrunhosa critica o fanatismo religioso e propõe o amor como uma divindade comum, capaz de unir todos, independentemente de religião ou origem. O próprio artista já afirmou que a música celebra o amor como uma plataforma comum, sugerindo que ele deve ser o centro das relações humanas, e não motivo de separação.

A letra também faz referência a episódios históricos de violência religiosa, como em “O meu Deus não usa balas nem se explode na multidão / Que o teu Deus não use ferros nem se esconda na Santa Inquisição”, condenando o uso da fé para justificar ódio ou violência. Ao imaginar “E se o meu Deus fosse uma mulher e o teu também / E se se beijassem na boca e no céu se ouvisse: Amém!”, Abrunhosa propõe uma visão inclusiva e afetuosa da divindade, rompendo com estereótipos tradicionais. O refrão repetido e o convite à participação coletiva reforçam a ideia de que o amor é acessível a todos, inclusive “os tristes, e os fracos”, e que, ao nomeá-lo, todos podem se sentir parte dessa comunhão universal. Assim, a música transmite uma mensagem de esperança, paz e união, usando o amor como resposta às divisões e conflitos humanos.