Corpoland

A Crítica Social e Política em 'Corpoland' de Pedro Aznar

A música 'Corpoland' de Pedro Aznar é uma crítica contundente ao poder desmedido das corporações e ao impacto negativo que elas têm sobre a sociedade e o meio ambiente. Aznar começa a letra destacando como as corporações possuem mais poder do que os próprios governos, conduzindo o planeta a uma ruína habitável. Ele menciona que os meios de comunicação são manipulados para adormecer a população, fazendo com que as pessoas esqueçam seu papel como protagonistas da história e a importância do trabalho e dos recursos naturais como fontes de riqueza.

A letra continua descrevendo as 'máquinas' que compõem Corpoland, uma metáfora para as corporações e suas práticas desumanizadoras. Essas máquinas empobrecem, subornam, adormecem, castigam e enganam a população. Aznar usa a repetição da palavra 'máquina' para enfatizar a desumanização e a mecanização das ações corporativas, que visam apenas o lucro, sem considerar o bem-estar humano ou ambiental. A repetição do refrão 'Corpoland, Corpoland. Todos devem em Corpoland' reforça a ideia de que todos estão presos nesse sistema opressor.

A música também aborda a divisão e a desqualificação de qualquer voz dissidente, mostrando como as corporações desautorizam e confundem qualquer outra perspectiva que não seja a delas. Aznar critica a superficialidade e a ignorância promovidas por essas 'máquinas', que divertem e fazem esquecer, mas também embrutecem e desempoderam. A letra termina com uma nota sombria, mencionando a 'máquina de assassinar', sugerindo que as consequências desse sistema podem ser fatais. 'Corpoland' é, portanto, um chamado à consciência e à ação contra o domínio corporativo e a favor da democracia, dignidade humana e vida sustentável.