Um Só

Reflexão sobre identidade e essência em "Um Só"

A música "Um Só" de Pedro Santos explora a busca por uma identidade que vai além dos rótulos e das aparências. O verso “aquele que na palavra entender, no nome não se prender, pode ver bem quem eu sou” destaca que compreender alguém de verdade exige olhar além do superficial. Essa ideia se conecta diretamente ao caráter místico e experimental do álbum "Krishnanda", que mistura sons naturais, instrumentos criados pelo próprio artista e influências orientais para reforçar a noção de que a identidade é múltipla e não se limita a definições fixas.

A letra também aborda a relação entre fragmentação e totalidade. Em “Eu sou de uma poção que nem pó / De uma porção de um só / Sempre pra lá e pra cá”, Pedro Santos sugere que cada pessoa é formada por pequenas partes, aparentemente insignificantes, mas que juntas compõem um todo único. Expressões como “pedacinho de nada” e “pedacinho de cada / dentro tudo que há” reforçam a ideia de que a individualidade é resultado de diversas experiências e influências. O tom enigmático da canção, aliado à sua estrutura poética, convida o ouvinte a questionar as limitações dos nomes e a buscar uma compreensão mais profunda do ser, alinhando-se à proposta inovadora e espiritual do artista.