Un Vino, Una Cerveza

Reflexão sobre escolhas e desejos em “Un Vino, Una Cerveza”

Em “Un Vino, Una Cerveza”, Pedro Suárez-Vértiz utiliza o simbolismo das bebidas alcoólicas para abordar escolhas impulsivas nos relacionamentos. Apesar de ser abstêmio, o artista recorre ao vinho e à cerveja como metáforas para sugerir que, diante da tentação, talvez fosse melhor optar por algo simples e relaxante, em vez de se deixar levar pelo desejo imediato. O refrão, “Debí tomar un vino, quizás una cerveza / Y ni pensar en hacer el amor” (Eu deveria ter tomado um vinho, talvez uma cerveja / E nem pensar em fazer amor), revela um arrependimento genuíno por ter cedido ao impulso, quando o ideal seria apenas aproveitar a companhia sem se envolver de forma precipitada.

A letra traz uma forte autocrítica, especialmente em versos como “Ahora, soy remolino de errores e impurezas / Mi mente no lo soportó” (Agora, sou um turbilhão de erros e impurezas / Minha mente não aguentou), mostrando o narrador consumido pela culpa após suas decisões. O trecho “Vale más no tener y siempre añorar, tenerlo todo liquida” (Vale mais não ter e sempre desejar, ter tudo de uma vez esvazia) reforça a ideia de que o desejo pode ser mais valioso do que a satisfação imediata. O próprio Suárez-Vértiz já declarou que essa é uma de suas músicas favoritas, o que indica uma conexão pessoal com o tema. Assim, a canção propõe uma reflexão sobre autocontrole, arrependimento e a importância de valorizar a simplicidade nas relações.