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Poema del Lunes

Pepe el Marismeño

Letra

poema segunda-feira

Poema del Lunes

quão lentamente o tempo vem
Qué despacio viene el tiempo

Quão ansiosa é a aurora
Qué ansiada es la madrugada

Que nervos os homens têm
Qué nervio tienen los hombre

Que silêncio em seus olhos
Qué silencio en sus miradas

Que insônia as estrelas
Qué desvelo las estrellas

Que frio na água
Qué escalofrío en el agua

Que nervos os homens têm
Qué nervio tienen los hombre

Que silêncio em seus olhos
Qué silencio en sus miradas

ninguém ninguém
Nadie, nadie

Ninguém sabe a hora na hora
Nadie sabe la hora en punto

nem quem acende a chama
Ni quién enciende la llama

mas dentro do meu peito
Pero dentro de mi pecho

As batidas se espalham
Los latidos se derraman

impotência nos ombros
Desamparo en los hombros

E a parte de trás como vazio
Y la espalda qué vacía

E como suas mãos suam
Y como sudan las manos

Quão longe a luz do dia
Qué lejos la luz del día

quão fechado está o portão
Qué cerrada está la reja

impaciente o pântano
Impaciente la marisma

E como suas mãos suam
Y como sudan las manos

Quão longe a luz do dia
Qué lejos la luz del día

Agora o amor pula a cerca
Ya el amor salta la reja

Tudo já virou aurora
Ya todo se ha vuelto aurora

A lua já está ajoelhada
Ya la Luna se arrodilla

para chegar mais perto senhora
Para acercarse Señora

tudo é clareza
Ya todo son claridades

Sem ficar triste, você chora
Sin estar triste se llora

A lua já está ajoelhada
Ya la Luna se arrodilla

para chegar mais perto senhora
Para acercarse Señora

Não há mais suspiro aberto
No hay suspiro más abierto

que os suspiros da madrugada
Que los suspiros del alba

Daquela segunda-feira milagrosa
De ese lunes de milagro

que você viu a alma limpa
Que viste de limpio el alma

E Sol tem mais sorte
Y Sol que tenga más suerte

Aquele que cai na sua cara
Que el que se posa en tu cara

Daquela segunda-feira milagrosa
De ese lunes de milagro

que você viu a alma limpa
Que viste de limpio el alma

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