40 Graus / Gamei / Azul Sem Fim / Até o Sol Quis Ver / A Carta

O amor em diferentes fases em “40 Graus / Gamei / Azul Sem Fim / Até o Sol Quis Ver / A Carta”

Em “40 Graus / Gamei / Azul Sem Fim / Até o Sol Quis Ver / A Carta”, Péricles reúne cinco músicas para mostrar várias faces do amor, desde a paixão intensa até a saudade profunda. As letras usam metáforas ligadas à natureza, como “quarenta graus de amor perfeito” e “me disfarcei de mar pra ganhar seu amor”, para expressar sentimentos que parecem maiores do que qualquer explicação lógica. Essas imagens, comuns no samba romântico brasileiro, ajudam o ouvinte a sentir a força e a vulnerabilidade das emoções retratadas.

A sequência de músicas passa pelo encanto imediato, como em “Gamei, no corpo bronzeado / Ganhei, um beijo assanhado”, e chega à ideia de um amor que se torna parte da própria identidade: “Meu coração é o teu lugar”. O desejo de que o amor permaneça e a dor da ausência aparecem em versos como “Mas por que não fica um pouco mais aqui?” e “Não posso viver sem você / Não tenho razão nem porquê”. No final, “A Carta” representa a tentativa de transformar a saudade em palavras, mesmo reconhecendo que “uma carta é muito pouco para revelar o retrato da tristeza”. Assim, Péricles constrói uma narrativa que vai do calor da paixão ao vazio da distância, sempre usando imagens sensoriais para tornar as emoções próximas e reais para quem ouve.