Mandolin

Leveza e fantasia no amor em "Mandolin" de Perotá Chingó

Em "Mandolin", Perotá Chingó cria uma atmosfera de fantasia e leveza ao abordar o amor como uma força lúdica e quase mágica. Imagens como “mirada ebria de palabras y poesías” (“olhar embriagado de palavras e poesias”) e “el amor monta en su caballo y es feliz” (“o amor monta em seu cavalo e é feliz”) mostram como o duo mistura elementos do folclore com uma sensibilidade urbana e contemporânea. O cenário de “pueblito por ahí” (“vilarejo por aí”) remete à simplicidade e ao encanto do interior, enquanto a liberdade criativa da letra permite imaginar o amor como um cavaleiro feliz, livre de amarras e convenções.

A repetição dos versos “Ey, la primera, es la verdadera, nena / Ey, la segunda, que no te confunda / Ey, la tercera, pierde un turno espera el amor” (“Ei, a primeira é a verdadeira, menina / Ei, a segunda, que não te confunda / Ei, a terceira, perde a vez, espere o amor”) sugere uma brincadeira com as chances e escolhas no amor, como se fossem rodadas de um jogo. Isso reforça o tom otimista e descontraído da canção, destacando a importância de reconhecer o que é verdadeiro e manter uma postura positiva diante das incertezas. Ao valorizar a alegria e a esperança, mesmo quando as coisas não saem como esperado, "Mandolin" celebra o poder da imaginação e do afeto para transformar o cotidiano, mantendo a simplicidade e o calor humano típicos do folk latino-americano.