Haciendo Memoria (part. Los Plebes Del Rancho de Ariel Camacho)

Sobrevivência e memória em “Haciendo Memoria (part. Los Plebes Del Rancho de Ariel Camacho)”

"Haciendo Memoria (part. Los Plebes Del Rancho de Ariel Camacho)", de Peso Pluma, retrata de forma direta a tensão e o perigo enfrentados por quem vive à margem da lei, especialmente no universo dos corridos mexicanos. A letra se destaca ao detalhar situações de fuga e confronto, mostrando como a astúcia e a sorte são essenciais para sobreviver. Um exemplo disso aparece em “Me ayudó la noche también, además / Me forré de lodo pa' más camouflage” (A noite também me ajudou, além disso / Me cobri de lama para mais camuflagem), evidenciando tanto a criatividade quanto a vulnerabilidade de quem precisa se esconder para sobreviver.

A colaboração com Los Plebes Del Rancho de Ariel Camacho também serve como homenagem ao próprio Ariel Camacho, figura importante do gênero, o que adiciona um peso emocional à música. A letra faz referências claras a perseguições policiais (“por aire y por tierra, buscando a un joven barbón” – por ar e por terra, procurando um jovem barbudo), apreensões de drogas (“más de cuatrocientos de blanca, agarraron los del uniforme” – mais de quatrocentos de pó branco, pegaram os de uniforme) e tiroteios (“catorce plomazos tenía la troca” – a caminhonete tinha catorze tiros), elementos típicos dos corridos. O refrão “Tiraba un boludo, más no me detuve / Se sentía feo, pero me mantuve” (Atirava um tiro, mas não parei / Era ruim, mas me mantive firme) reforça a resiliência diante do medo. Ao revisitar essas memórias, a música equilibra ação e emoção, valorizando a sobrevivência e homenageando quem não teve a mesma sorte.