We Fly So Close

Reflexões sobre limites e solidão em “We Fly So Close”

Em “We Fly So Close”, Phil Collins aborda como a vida nos coloca frequentemente à beira de situações arriscadas ou dolorosas, muitas vezes sem que percebamos. O verso “sometimes we fly too close” (“às vezes voamos perto demais”) serve como uma metáfora para a proximidade constante com o fracasso, a perda ou o arrependimento, seja em relacionamentos ou nas escolhas do dia a dia. O fato de Collins ter composto e produzido a faixa sozinho reforça o tom introspectivo e melancólico da música, transmitindo uma vulnerabilidade pessoal e um olhar honesto para as próprias falhas e limitações.

A letra também explora sentimentos de solidão e a dificuldade de superar o passado, como em “all my life, though I try, I cannot change the past / and the ghosts that come back to haunt you” (“toda a minha vida, por mais que eu tente, não posso mudar o passado / e os fantasmas que voltam para te assombrar”). Collins sugere que certas experiências e memórias permanecem presentes, influenciando nossas decisões e emoções. A imagem dos “harbour lights fading fast” (“luzes do porto desaparecendo rapidamente”) simboliza a perda de segurança e a sensação de estar à deriva, esperando por algo ou alguém que talvez nunca chegue. O refrão repetitivo reforça a ideia de que estamos sempre próximos de cruzar limites perigosos, e que essa proximidade faz parte da experiência humana. A canção convida à reflexão sobre como lidamos com riscos, arrependimentos e a busca por sentido em meio à solidão.