Everyday

A dor cotidiana da perda em “Everyday” de Phil Collins

“Everyday”, de Phil Collins, aborda de forma clara e sensível o impacto da saudade após o fim de um relacionamento. O título já indica o tema central: a rotina da dor, que se repete diariamente e não se dissipa com o tempo. O refrão, “So everyday I cry / Yes everyday I fall” (“Então todo dia eu choro / Sim, todo dia eu caio”), destaca como o sofrimento se torna parte do cotidiano, mostrando que superar uma separação é um processo lento e doloroso. Collins também explora como o amor pode nos transformar, como em “Love can make you blind, make you act so strange” (“O amor pode te cegar, te fazer agir de forma tão estranha”), refletindo sobre atitudes impulsivas e irracionais que acompanham o fim de um ciclo, algo que ele mesmo já comentou em entrevistas sobre a inspiração da música.

O videoclipe reforça essa mensagem ao mostrar Collins se mudando de um apartamento em Nova York, simbolizando a tentativa de deixar o passado para trás. Esse esforço aparece na letra em “The book closes and we try to forget / But I know that things won't change” (“O livro se fecha e tentamos esquecer / Mas eu sei que as coisas não vão mudar”), sugerindo que, mesmo tentando encerrar um capítulo, os sentimentos permanecem. A produção musical minimalista, com piano e sintetizadores suaves, intensifica a vulnerabilidade da canção, tornando versos como “my life's worth nothing without you” (“minha vida não vale nada sem você”) ainda mais marcantes. Assim, “Everyday” expõe não só a dor da perda, mas também a dificuldade real de seguir em frente, mesmo quando tudo indica que é preciso recomeçar.