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Véia Assanhada

Pierre Simões

Mariazinha nasceu lá em pernambuco
Na casa de seu nabuco
Filha de seu josimar
Sua família é assim muito festeira
Teve xote a noite inteira
Até o dia clarear
O batizado foi regado a muito suco
Depois do jogo de truco
Rapadura a sobrar
Veio parente da cidade de limeira
E também lá de pedreira
Mais o povo do lugar

Ficou mocinha, o que pintou de mameluco,
Gente fina, até eunuco,
Pedindo pra namorar...
Mas dona flora não ouviu o seu lamento
A mandou para um convento
Pra ser freira e se guardar
Ficou pudica quase a vida inteira
Ficou velha quase à beira
De morrer e não transar
Foi quando decidiu tirar o grande atraso
Fez na vila um enorme arraso
Vestida para matar!

Êta, véia assanhada, sem-vergonha, arretada!
Vive sempre cercada, galã a cortejar
Quando vê moço loiro, fica avermelhada,
Gosta de um bolero, mas também quer xaxar

Êta, véia assanhada, bem alegre e danada!
Vai ser namoradeira assim no arrasta-pé
Nunca é cedo pra ela, nunca dispensa nada
Traça todo moleque e enche a cara de mé!

A sua fama já chegava a recife
Mas comeu cebola e bife
Morreu sem pestanejar
Sua família é muito religiosa
Ladainha foi chorosa
Até o dia clarear
O enterramento foi regado a muito muco
Junto com o relógio cuco
Que gostava de guardar
Veio parente da cidade de limeira
E também de cachoeira
Mais o povo do lugar

Foi recebida lá no céu por pedro, o santo,
Teve até por ela, encanto,
Pedindo pra namorar
Mas ela tinha muita culpa no cartório
A mandou pro purgatório
Pra ser virgem e se guardar
Ficou pudica quase a eternidade inteira
Ficou nova quase à beira
De nascer e não transar
Foi quando decidiu tirar o grande atraso
Fez no céu um enorme arraso
Nua pra ressuscitar!

Êta, véia assanhada, sem-vergonha, arretada!
Vive sempre cercada, galã a cortejar
Quando vê anjo loiro, fica azuretada.
Gosta de uma harpa, mas também quer xaxar

Êta, véia assanhada, bem alegre e danada!
Vai ser namoradeira assim lá no cabaré
Nunca é tarde pra ela, nunca dispensa nada
Traça todo diabo, e querubim, vai na fé!

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