Stab

Orgulho e resistência social em "Stab" do Planet Hemp

Em "Stab", o Planet Hemp faz uma crítica direta à realidade social e política do Brasil, destacando o orgulho das próprias origens e a resistência diante das adversidades. A referência ao bairro do Andaraí e à expressão "mato a cobra e ainda dou bico no ninho" mostra a conexão do grupo com suas raízes e a postura combativa diante das dificuldades. A letra critica a alienação política e religiosa, como no verso “Entra Fernando e sai Fernando e quem paga é o povo”, que faz alusão aos ex-presidentes Collor e FHC, ressaltando a repetição de ciclos de poder que prejudicam principalmente os mais pobres e marginalizados.

A música valoriza a cultura de rua e a resistência cultural, misturando elementos do hip hop, samba e espiritualidade afro-brasileira, como em “peço proteção a Deus e a Oxalá”. O uso da gíria “dou um dois” reforça a defesa da legalização da maconha e a ligação com a cultura canábica. Versos como “quebro a corrente onde passo e planto a minha semente” simbolizam a luta contra a opressão mental e social. Ao citar figuras da mídia como Faustão e Gugu, o grupo critica a influência da mídia tradicional e se posiciona como uma voz alternativa, incentivando autonomia de pensamento e orgulho das origens. O refrão “nossa vitória não será por acidente” resume o espírito de resistência e a crença na transformação coletiva, sempre baseada na identidade e na luta diária.