exibições de letras 2.155.698

Cachimbo da Paz (part. Lulu Santos)

Gabriel O Pensador

LetraSignificado

    A criminalidade toma conta da cidade
    A sociedade põe a culpa nas autoridades
    O Cacique oficial viajou pro Pantanal
    Porque aqui a violência tá demais
    E lá encontrou um velho índio que usava um fio dental
    E fumava um cachimbo da paz
    O Presidente deu um tapa no cachimbo
    E na hora de voltar pra capital, ficou com preguiça
    Trocou seu paletó pelo fio dental
    E nomeou o velho índio pra Ministro da Justiça
    E o novo Ministro, chegando na cidade
    Achou aquela tribo violenta demais
    Viu que todo cara-pálida vivia atrás das grades
    E chamou a TV e os jornais
    E disse: Índio chegou trazendo novidade
    Índio trouxe o cachimbo da paz

    Maresia, sente a maresia
    Maresia, uh
    Maresia, sente a maresia
    Maresia, uh

    Apaga a fumaça do revólver, da pistola
    Manda a fumaça do cachimbo pra cachola
    Acende, puxa, prende, passa
    Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça

    Todo mundo experimenta o cachimbo da floresta
    Dizem que é do bom, dizem que não presta
    Querem proibir, querem liberar
    E a polêmica chegou até o Congresso
    Tudo isso deve ser pra evitar a concorrência
    Porque não é Hollywood, mas é o sucesso
    O cachimbo da paz deixou o povo mais tranquilo
    Mas o fumo acabou, porque só tinha oitenta quilos
    E o povo aplaudiu quando o índio partiu pra selva
    E prometeu voltar com uma tonelada
    Só que quando ele voltou, sujou!
    A Polícia Federal preparou uma cilada
    O cachimbo da paz foi proibido
    Entra na caçamba, vagabundo, vamo pra DP
    Êêê, índio tá fudido porque lá o pau vai comer

    Maresia, sente a maresia
    Maresia, uh
    Maresia, sente a maresia
    Maresia, uh

    Apaga a fumaça do revólver, da pistola
    Manda a fumaça do cachimbo pra cachola
    Acende, puxa, prende, passa
    Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça

    Na delegacia só tinha viciado e delinquente
    Cada um com um vício e um caso diferente
    Um cachaceiro esfaqueou o dono do bar
    Porque ele não vendia pinga fiado
    E um senhor bebeu uísque demais
    Acordou com um travesti e assassinou o coitado
    Um viciado no jogo apostou a mulher
    Perdeu a aposta e ela foi sequestrada
    Era tanta ocorrência, tanta violência
    Que o índio não tava entendendo nada
    Ele viu que o delegado fumava um charuto fedorento
    E acendeu um da paz pra relaxar
    Mas quando foi dar um tapinha
    Levou um tapão violento e um chute naquele lugar
    Foi mandado pro presídio e, no caminho
    Assistiu um acidente provocado por excesso de cerveja
    Uma jovem que bebeu demais
    Atropelou um padre e os noivos na porta da igreja
    E, pro índio, nada mais faz sentido
    Com tantas drogas, por que só o seu cachimbo é proibido?

    Maresia, sente a maresia
    Maresia, uh
    Maresia, sente a maresia
    Maresia, uh

    Apaga a fumaça do revólver, da pistola
    Manda a fumaça do cachimbo pra cachola
    Acende, puxa, prende, passa
    Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça

    Na penitenciária, o índio fora da lei
    Conheceu os criminosos de verdade
    Entrando, saindo e voltando
    Cada vez mais perigosos pra sociedade
    Aí, cumpádi, tá rolando um sorteio na prisão
    Pra reduzir a superlotação
    Todo mês alguns presos tem que ser executados
    E o índio, dessa vez, foi um dos sorteados
    E tentou acalmar os outros presos
    Peraí, vamo fumar um cachimbinho da paz
    Eles começaram a rir
    E espancaram o velho índio até não poder mais
    E antes de morrer ele pensou: Essa tribo é atrasada demais!
    Eles querem acabar com a violência
    Mas a paz é contra a lei e a lei é contra a paz
    E o cachimbo do índio continua proibido
    Mas se você quer comprar, é mais fácil que pão
    Hoje em dia ele é vendido pelos mesmos bandidos
    Que mataram o velho índio na prisão

    Maresia, sente a maresia
    Maresia, uh
    Maresia, sente a maresia
    Maresia, uh

    Apaga a fumaça do revólver, da pistola
    Manda a fumaça do cachimbo pra cachola
    Acende, puxa, prende, passa
    Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça

    Maresia, sente a maresia
    Maresia, uh

    Apaga a fumaça do revólver, da pistola (maresia, sente a maresia)
    (Maresia) índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça
    Apaga a fumaça do revólver, da pistola (maresia, sente a maresia)
    Acende, puxa, prende, passa (maresia, uh)
    Apaga a fumaça do revólver, da pistola (maresia, sente a maresia)
    (Maresia) índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça

    Apaga a fumaça do revólver, da pistola (maresia, sente a maresia)
    Manda a fumaça do cachimbo pra cachola
    Acende, puxa, prende, passa (maresia, uh)
    Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça

    Apaga a fumaça do revólver, da pistola (maresia, sente a maresia)
    Manda a fumaça do cachimbo pra cachola
    Acende, puxa, prende, passa (maresia)
    Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça

    Composição: Daryl Hall / Lulu Santos / Gabriel o Pensador / Marcello Mansur. Essa informação está errada? Nos avise.
    Legendado por Vinicius e mais 2 pessoas. Revisões por 17 pessoas. Viu algum erro? Envie uma revisão.

    Comentários

    Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra

    0 / 500

    Faça parte  dessa comunidade 

    Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Gabriel O Pensador e vá além da letra da música.

    Conheça o Letras Academy

    Enviar para a central de dúvidas?

    Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.

    Fixe este conteúdo com a aula:

    0 / 500

    Opções de seleção