DESASTRE

Relações desgastadas e honestidade emocional em “DESASTRE”

Em “DESASTRE”, Plumasdecera explora o fim de um relacionamento marcado por frustração e desgaste emocional. A repetição da palavra "desastre" reforça o impacto profundo do término, mostrando como as marcas deixadas vão além do simples afastamento. A artista utiliza imagens sensoriais, como "o gosto da boca", "o cheiro do pescoço" e "o som do choro", para ilustrar como as lembranças físicas e emocionais continuam presentes, mesmo após o fim do relacionamento. Esses detalhes tornam a experiência descrita na música mais vívida e próxima do ouvinte.

A letra destaca a dificuldade de manter uma relação em que as personalidades não se encaixam, evidenciado em versos como: "Idas e vinda e nosso gênio não bate / O tempo passou e o que sobrou foi desgaste". Plumasdecera também expressa um sentimento de injustiça e solidão, especialmente ao repetir: "Para de dizer que eu não tentei / Para de dizer que desmotivei / Para, eu fui a única que amou / Para, quando tu pôde me deixou". Esse trecho mostra o esforço unilateral para salvar a relação, tema recorrente no EP "ESTAR SOZINHA NÃO É UM SENTIMENTO". A escolha por uma linguagem direta e a recusa em usar estereótipos ou vulgaridades, como a própria artista já afirmou em entrevistas, reforçam a autenticidade da canção. Assim, “DESASTRE” se conecta com quem já viveu relações marcadas por desencontros, tornando-se um retrato honesto do desgaste emocional causado por amores que não deram certo.