
Sr. Guarda
Plutónio
Racismo policial e resistência em "Sr. Guarda" de Plutónio
Em "Sr. Guarda", Plutónio retrata de forma direta a realidade de jovens periféricos que vivem sob constante suspeita e opressão policial. Logo no início, ele denuncia o ciclo de violência institucional ao afirmar: “abuso de autoridade, abuso gera vingança”, mostrando que o abuso policial não é um caso isolado, mas algo recorrente que alimenta ressentimento e desconfiança nas comunidades. O verso “perguntou se eu tinha branca” traz um duplo sentido: além de se referir à cor da pele, também é uma gíria para cocaína, evidenciando como a polícia associa automaticamente jovens negros ao crime, mesmo sem flagrante, como reforçado em “não tem flagrante porque a cor é evidência”.
A música apresenta uma espécie de manual de sobrevivência para quem vive na periferia, com regras que refletem a necessidade de estar sempre atento para evitar ser incriminado injustamente. O refrão “desaparece antes da bófia chegar” e “se fugires prega a fundo para ninguém te apanhar” expressa o medo constante de abordagens violentas e prisões arbitrárias. O contexto pessoal de Plutónio, incluindo sua detenção em 2021, dá ainda mais peso ao relato, mostrando que ele fala a partir de sua própria experiência. Ao dizer “este preto tem advogado”, Plutónio desafia o estigma e afirma que, apesar das tentativas de criminalização, ele conhece e reivindica seus direitos.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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