Caminhos Paralelos
Poeta J Sousa
Neste poema agora
Eu vou falar a verdade
Destacando em poesia
A grande desigualdade
Entre as coisas do sertão
E as coisas da cidade
No sertão a água é pura
Cristalina e potável
Na cidade a água é cheia
De cloro e não é saudável
A diferença entre as duas
É sem duvida incalculável
No sertão os alimentos
São bons e são naturais
Na cidade os alimentos
São todos industriais
A diferença entre os dois
É enorme até demais
No sertão o povo cria
Porco, bode e galinha
Já o povo da cidade
Com a preguiça da murrinha
Só consegue criar mesmo
É piôi na cabecinha
As mulheres do sertão
Gostam de andar bem vestidas
As mulheres da cidade
Andam é quase, despidas
As do mato são lembradas
As da cidade esquecidas
Lá no meu sertão os homens
Não trai a esposa não
Já os homens da cidade
Iguais a cachorro são
Deixam a mulher em casa
E atrás de outras vão
As crianças lá do mato
Respeitam demais os pais
As crianças da cidade
São diferentes de mais
Não chamam os pais de santos
Mas chamam de satanás
As moças lá do sertão
Casam virgens e donzelas
As da cidade só casam
Quando cai nas esparrelas
No dia do casamento
Já batiza os filhos delas
As festas lá do sertão
São todas cheias de graças
As da cidade são cheias
De drogas e de cachaças
As do mato findam em paz
As da cidade em desgraças
No sertão a gente escuta
Os passarinhos cantando
Na cidade só se escuta
Carros e motos rocando
E pessoas nas calçadas
Umas das outras falando
O povo lá do sertão
Tem seus viveres tão belos
Já o povo da cidade
Tem seus viveres singelos
São dois povos caminhando
Em caminhos paralelos
Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Poeta J Sousa e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: