Cuando te quieras marchar (part. Leire Martínez)

Amor maduro e despedida em “Cuando te quieras marchar”

“Cuando te quieras marchar (part. Leire Martínez)”, de Pole., aborda um amor maduro, que respeita a liberdade do outro mesmo diante da separação. O refrão traz o verso “Me iré contigo” (“Irei com você”), que não indica dependência, mas sim um apoio incondicional: mesmo que a pessoa amada decida partir, o compromisso emocional permanece, acompanhando-a no processo de despedida. O videoclipe reforça essa ideia ao mostrar Pole. dirigindo de ré enquanto Leire caminha para frente, simbolizando trajetórias opostas que se cruzam no momento do adeus, ilustrando visualmente a aceitação do fim e o respeito pelo caminho do outro.

A letra destaca momentos de vulnerabilidade e solidão, como em “Cuando no quede ni un alma despierta en la calle” (“Quando não restar uma alma acordada na rua”) e “Cuando grites y parezca que no escucha nadie” (“Quando você gritar e parecer que ninguém escuta”). Esses trechos mostram que o verdadeiro companheirismo se revela nos momentos mais difíceis. Já o verso “Que sepas que tiene que haber un motivo para que se hayan cruzao los caminos de dos corazones que estaban perdidos” (“Saiba que deve haver um motivo para que os caminhos de dois corações perdidos tenham se cruzado”) reconhece o valor do relacionamento, sem arrependimentos. A parceria entre Pole. e Leire Martínez, que une diferentes gerações do pop espanhol, reforça a universalidade desse sentimento de lealdade e apoio, tornando a música um retrato sensível de um amor que respeita a liberdade, mas não abandona nos momentos de dor.