Dancing With The Dead

A dualidade entre fé e tentação em “Dancing With The Dead”

“Dancing With The Dead”, da Powerwolf, explora como a sedução pelo proibido pode ser irresistível e devastadora, levando à perda da inocência e da fé. A letra utiliza imagens marcantes, como “dancing with the dead” (dançando com os mortos) e referências ao abandono do “Spiritus Sanctus” (Espírito Santo), para mostrar uma transição consciente da pureza para a corrupção. O videoclipe reforça visualmente essa entrega ao lado sombrio, ampliando o impacto da mensagem.

A narrativa gira em torno de uma mulher que, ao se perder em meio a tentações e rivalidades — “Seven sins, seven hearts on strife” (“Sete pecados, sete corações em conflito”) —, abandona sua fé e se rende ao mal, simbolizado pela dança com os mortos. Elementos como “painted lines of the pentagram” (“linhas pintadas do pentagrama”) e “hail the goat, to the night surrender” (“saúda o bode, à noite se entrega”) fazem referência direta ao ocultismo e à figura do bode, tradicionalmente associada ao satanismo, reforçando o rompimento com valores cristãos. A música sugere que essa jornada não é apenas individual, mas coletiva, ao afirmar “We all are dancing with the dead” (“Todos nós estamos dançando com os mortos”), ampliando a crítica à fragilidade humana diante das tentações. O refrão destaca a força da atração pelo desconhecido e pelo proibido, mostrando como ela pode transformar e consumir, tornando a faixa uma reflexão sombria sobre os limites da natureza humana.