
Fome (part. Paulo Flores)
Prodigio
A fome como personagem e denúncia em “Fome (part. Paulo Flores)”
Em “Fome (part. Paulo Flores)”, Prodigio e Paulo Flores transformam a fome em uma figura quase humana, dando-lhe voz para narrar o sofrimento vivido por comunidades angolanas. A frase “Eu sou a fome / E todas crianças do bairro já sabem o meu nome” mostra como a fome se torna parte do cotidiano, especialmente para as crianças, simbolizando a naturalização da miséria. Ao personificar a fome, os artistas aproximam o ouvinte da realidade dura enfrentada por muitos, tornando o problema social ainda mais palpável e urgente.
O contexto pessoal dos artistas aprofunda a mensagem: Paulo Flores define a música como um “grito de dor e revolta”, enquanto Prodigio compartilha que, apesar de sua infância humilde, nunca passou fome graças à mãe, o que traz uma perspectiva de respeito e empatia. A letra destaca a desigualdade social ao afirmar que a fome nunca “vai para a elite” e que, para os ricos, ela é apenas um “apetite”, contrastando com a realidade dos guetos. Trechos como “Fiz guerreiros desistirem da luta / Transformei rainhas em prostitutas / Fiz mães perderem a dignidade / Em troca de pão para os filhos” evidenciam o impacto devastador da fome, que vai além da falta de alimento, atingindo sonhos, dignidade e humanidade. Ao citar bairros como Catambore e Cassequele, a música reforça que a fome é uma presença constante em diferentes comunidades, sempre associada à dor, à luta e à resistência diária.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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