Poison

Dualidade e provocação em “Poison” de The Prodigy

Em “Poison”, The Prodigy explora a ideia de dualidade ao repetir frases como “I got the poison, I got the remedy” (“Eu tenho o veneno, eu tenho o remédio”). Essa oposição sugere que o grupo se coloca tanto como uma força disruptiva quanto como uma solução para a cena musical, desafiando padrões e expectativas. A mistura de samples clássicos do hip-hop com batidas intensas reforça essa tensão, criando uma atmosfera energética que provoca e, ao mesmo tempo, envolve o ouvinte.

O visual do single, com referências a veneno para ratos e imagens de decomposição, conecta-se ao título e amplia a sensação de desafio. Essas escolhas visuais sugerem uma crítica ao que é considerado tóxico ou descartável, tanto na sociedade quanto na música. A frase “I got the pressure, the pressure” (“Eu tenho a pressão, a pressão”) aumenta a sensação de urgência, enquanto o videoclipe, mostrando a banda em ambientes sujos e marginais, reforça a ideia de abraçar o que é rejeitado. Assim, “Poison” se destaca como uma afirmação de autonomia criativa, em que The Prodigy assume o controle do caos e da transformação por meio da música.