Chico Buarque Interlúdio
Putodiparis
Violência cotidiana e crítica social em “Chico Buarque Interlúdio”
"Chico Buarque Interlúdio", de Putodiparis, destaca-se por retratar a violência cotidiana das periferias de forma direta e impactante. Logo no início, a metáfora “O AR tá cantando como fosse música” mostra como o som dos tiros se mistura à rotina, tornando-se parte do ambiente e evidenciando a banalização da violência. O título e o uso de samples de “Construção”, de Chico Buarque, vão além de uma simples homenagem: estabelecem um diálogo com a tradição crítica da MPB, trazendo essa abordagem para o contexto atual do tráfico e da violência urbana.
A letra também aborda a estrutura do tráfico, como no verso “Gerente lá na boca é um cargo público”, sugerindo que o crime organizado ocupa funções que deveriam ser do Estado, refletindo sua ausência ou falência nessas áreas. O trecho “Você não é bandido por ter arma no clipe / Cuidado com quem anda pra não ir de ralo” reforça a ideia de que a violência é constante e que a sobrevivência depende das escolhas e das companhias. Ao citar músicas de Cidinho e Doca tocando na boca, Putodiparis conecta sua narrativa à cultura do funk e do rap, gêneros que também retratam a realidade das favelas. O tom cru e as referências culturais presentes na música ressaltam a brutalidade e a complexidade desse cotidiano, sem romantizar ou suavizar suas consequências.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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