Evergreen

A Busca pela Imortalidade e Relevância em 'Evergreen' de PVRIS

A música 'Evergreen' da banda PVRIS aborda temas profundos e existenciais, refletindo sobre a busca por relevância e imortalidade em um mundo que parece valorizar apenas a juventude ou a morte. A letra começa com uma experiência quase divina, onde a vocalista Lynn Gunn sente como se tivesse sido atingida por Deus, trazendo uma sensação de humildade e uma percepção de que, apesar de achar que tinha tudo sob controle, as coisas podem dar errado rapidamente. Essa metáfora de um 'acid trip' sugere uma jornada introspectiva e perturbadora, onde a realidade se distorce e as verdades pessoais são questionadas.

A canção também explora a luta contra o ego e a solidão. Gunn menciona ter feito as pazes com seu ego escorregadio, mas ainda se sente sozinha. Isso reflete a batalha interna de muitos artistas e indivíduos que, apesar de suas conquistas, ainda se sentem isolados e incompreendidos. A repetição da ideia de que 'ninguém dá a mínima a menos que você esteja morto ou tenha dezessete anos' destaca a pressão da sociedade para ser jovem e prodigioso, ou então, ser lembrado apenas na morte. Essa crítica à superficialidade e à efemeridade da fama é um tema recorrente na música contemporânea.

O refrão 'I wanna be evergreen' simboliza o desejo de ser perene, imortal, sempre relevante. 'Evergreen' é uma metáfora para algo que nunca perde sua cor ou vitalidade, independentemente das estações. Gunn expressa um anseio por ser lembrada e valorizada, não importando o que os outros digam. A repetição dessa frase ao longo da música reforça a determinação de transcender as expectativas sociais e alcançar uma forma de imortalidade através de sua arte e autenticidade. A música, portanto, é um poderoso comentário sobre a busca por significado e a luta contra a irrelevância em um mundo que valoriza o efêmero.