Ninguém É Dono do Mar

A Liberdade e a Incerteza do Mar em 'Ninguém É Dono do Mar'

A música 'Ninguém É Dono do Mar' da banda Quadrilha explora temas profundos de liberdade, incerteza e a relação humana com o mar. A letra começa com uma evocação poética, onde o eu lírico pede para que, caso não volte, seu nome seja desenhado no chão e um desejo seja feito às ondas do mar. Essa imagem inicial já estabelece o mar como um símbolo de mistério e poder, algo que pode tanto levar quanto trazer de volta.

O refrão reforça a ideia de que o mar é uma entidade livre, que não pertence a ninguém, nem mesmo àqueles que sabem navegar por ele. Essa metáfora pode ser interpretada como uma reflexão sobre a natureza indomável da vida e do destino. O mar, assim como a vida, é imprevisível e não pode ser controlado. A repetição do refrão enfatiza essa mensagem, criando uma sensação de aceitação e resignação diante das forças maiores que governam nossas vidas.

A letra também aborda a ansiedade e a espera, sentimentos comuns a quem vive à mercê do mar. O eu lírico fala sobre trazer 'um coral de ansiedades' e a dor de esperar pela chegada de alguém. Essa espera é contrastada com a ideia de que 'o mar te escutou' e que o temporal acabou, sugerindo que, apesar das incertezas, há momentos de alívio e alegria. A música termina com uma reflexão sobre o destino e a inevitabilidade da morte, mas também sobre a vida e as conexões que nos mantêm vivos. A barca que não chega e as rezas pela praia são imagens poderosas que capturam a essência da espera e da esperança.