Metralhada

Resistência e Empoderamento em 'Metralhada' de Quebrada Queer

A música 'Metralhada' do grupo Quebrada Queer é um poderoso manifesto de resistência, empoderamento e autenticidade. O grupo, conhecido por ser o primeiro coletivo de rap LGBTQIA+ do Brasil, utiliza suas letras para abordar questões sociais, preconceitos e a luta pela aceitação e respeito. A letra de 'Metralhada' é carregada de metáforas e referências que refletem a realidade de quem vive à margem da sociedade, mas que, mesmo assim, se recusa a ser silenciado.

Desde o início, a música estabelece um tom de assertividade e autoconfiança. A frase 'Meu rap é minha casa, se fecha que aqui não é bagunça' deixa claro que o espaço do rap é um lugar de respeito e seriedade para os artistas. A letra também critica a exploração e a falta de reconhecimento que muitos artistas enfrentam, especialmente aqueles que vêm de comunidades marginalizadas. A linha 'Eu cobro caro pra você vir lucrar com a minha luta' destaca a importância de valorizar o trabalho e a luta dos artistas, que muitas vezes são apropriados sem o devido crédito ou compensação.

A música também celebra a força e a resiliência da comunidade. 'Ponto pro Quebrada, nóis se mantém forte' é um grito de união e resistência, mostrando que, apesar das adversidades, a comunidade continua a lutar e a prosperar. A repetição de 'Toma a metralhada' serve como uma metáfora para a força e o impacto das palavras e ações do grupo, que são como tiros de resistência contra a opressão e o preconceito. A letra também faz referência à autenticidade e originalidade, com linhas como 'É tudo original, né? É tudo original', reforçando a importância de ser verdadeiro consigo mesmo e com a própria arte.

'Quebrada Queer' utiliza 'Metralhada' para não apenas expressar suas experiências e lutas, mas também para inspirar outros a resistirem e a se empoderarem. A música é um chamado à ação, um lembrete de que a luta pela igualdade e pelo respeito é contínua e que cada voz conta. Através de suas letras, o grupo não só denuncia as injustiças, mas também celebra a força e a resiliência de sua comunidade, mostrando que, apesar de todas as dificuldades, é possível prosperar e fazer a diferença.