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White Man

Queen

Voz indígena e acusação histórica em “White Man”

Em “White Man”, Brian May compõe uma crítica direta à colonização europeia nas Américas, narrada pela voz de um indígena que se dirige ao invasor. Ao chamar o colonizador de “immigrant” (imigrante), a letra inverte a narrativa “civilizatória” e reafirma a pertença à terra: “From this soil my people came / In this soil remain” (Desta terra meu povo veio / Nesta terra permanece). A luz que cega desmascara a hipocrisia religiosa e moral: “Don’t you see the light behind your blackened skies” (Você não vê a luz por trás dos seus céus escurecidos) e “You took away the sight to blind my simple eyes” (Você tirou a visão para cegar meus olhos ingênuos). O interlocutor é o “white man” (homem branco), confrontado pela usurpação de terra, cultura e vida.

A canção desmonta o mito do progresso: “the immigrant built roads / On our blood and sand” (o imigrante construiu estradas / sobre nosso sangue e areia) liga infraestrutura a massacre; “On the bible you swore / Fought your battle with lies” (na Bíblia você jurou / travou sua batalha com mentiras) expõe promessas quebradas. Paisagem e violência se chocam: “Our country was green and all our rivers wide” (nosso país era verde e todos os nossos rios, largos) versus “You came with a gun and soon our children died” (você veio com uma arma e logo nossas crianças morreram). O pedido “Say a prayer for your race” (faça uma oração pela sua raça) exige responsabilidade e reparação. Ecoam metáforas de “soil” (terra), “trod soft on the land” (pisava leve na terra), “light” (luz) e “the blood you’ve shed” (o sangue que você derramou). A progressão vai do equilíbrio original ao luto e ao julgamento: “Where you gonna hide from the hell you’ve made?” (Onde você vai se esconder do inferno que criou?). No fecho — “What is left of your dream? Just the words on your stone… A man who learned how to teach / Then forgot how to learn” (O que restou do seu sonho? Apenas as palavras na sua lápide... Um homem que aprendeu a ensinar / Depois esqueceu como aprender) — o projeto colonizador perde qualquer autoridade moral; resta o epitáfio. O peso sonoro que o Queen imprime nas apresentações reforça essa gravidade.

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