AHORA QUÉ

Gratidão e raízes em "AHORA QUÉ" de Quevedo

Em "AHORA QUÉ", Quevedo transforma a sensação de vertigem diante do sucesso repentino em gratidão e orgulho. Ele não esconde o impacto das mudanças rápidas em sua vida, mas faz questão de valorizar o esforço coletivo do início da carreira, como mostra o verso “solo éramo' cuatro trabajando en esta mierda cuando eran tiempos de comienzo” (éramos só quatro trabalhando nisso quando eram tempos de começo). Esse trecho é literal: Quevedo começou com um grupo pequeno, e o reconhecimento atual é resultado direto desse trabalho conjunto e dos sacrifícios feitos.

A música traz várias referências às Ilhas Canárias, sua terra natal, como em “La isla se robó el show” (A ilha roubou a cena) e “Pega'o en la isla, pega'o en España, pega'o en el mundo entero” (Estourado na ilha, estourado na Espanha, estourado no mundo inteiro), mostrando o orgulho de suas origens mesmo após conquistar fama internacional. O verso “El dinero no me pone contento aunque ofrezcan siete cero'” (O dinheiro não me deixa feliz, mesmo que ofereçam sete zeros) revela uma visão madura sobre o sucesso: o dinheiro e os bens materiais não são o que realmente traz felicidade, mas sim as relações, o apoio dos amigos e familiares e a realização pessoal. Ao mencionar pessoas próximas, como as irmãs, amigos e a mãe, Quevedo reforça que o reconhecimento e a lealdade de quem esteve com ele desde o início são mais valiosos do que qualquer conquista material. A música é, assim, um agradecimento sincero e um lembrete de que, apesar da fama, as raízes e as pessoas que fizeram parte da caminhada continuam sendo o que realmente importa.