Tan Alta Que Está La Luna

A Melancolia e Liberdade em 'Tan Alta Que Está La Luna' de Quilapayún

A música 'Tan Alta Que Está La Luna' do grupo chileno Quilapayún, é uma expressão lírica que mergulha na melancolia e na busca pela liberdade emocional. A letra começa com uma imagem poética da lua alta no céu, que é acompanhada por uma estrela, simbolizando talvez a solidão acompanhada. A repetição dos versos 'ay sí, ay no' intensifica a dualidade dos sentimentos do narrador, oscilando entre a aceitação e a negação de sua dor.

O refrão 'Serás libre palomita como soy yo' sugere uma promessa de liberdade, tanto para si mesmo quanto para outro, possivelmente uma mulher referida como 'palomita'. Esta liberdade pode ser vista como uma libertação das amarras do amor não correspondido ou da traição, uma temática recorrente na música latino-americana. A comparação do narrador com o 'cuervo negro', que não perde seu brilho mesmo na adversidade, reforça a resiliência e a determinação em manter a integridade emocional.

A música termina com uma despedida, onde o narrador menciona que vai embora com 'mi cajita de cuero', simbolizando talvez a coleta de suas memórias e experiências, prontas para serem guardadas ou deixadas para trás. A solidão é palpável nos versos finais, onde ele menciona estar sozinho em seu rancho, observado apenas pela lua e pelo sol, destacando a constante presença da natureza como testemunha de sua jornada emocional.