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Tarde De Perros

Quique González

Letra

Tarde de Cães

Tarde De Perros

Tarde de cães, chuva de cinzas,Tarde de perros, lluvia de ceniza,
parabrisa cansado, sem adrenalina,parabrisas cansados, sin adrenalina,
os semáforos tremem, como salgueiros chorões,los semáforos tiemblan, como sauces llorones,
e uma vendedora espera na retaguarda,y una dependienta espera en la trastienda,
Chuva de caminhões, ambulâncias apressadas,Lluvia de camiones, ambulancias urgentes,
garotas se escondem debaixo da pontechicas que se esconden debajo del puente
ninguém as ajuda, sob a tempestadenadie las recoge, bajo la tormenta
o último novembro dos anos oitentael ultimo noviembre de los años ochenta
Tarde de cães, noite de canalhasTarde de perros, noche de canallas
policiais inquietos ao voltar pra casapolicías inquietos al volver a casa
trench coats sem dono, com os colarinhos levantadosgabardinas sin dueño, con los cuellos alzados
gatinhas no cio, encharcadas de águagatitas en celo, pasadas por agua
Chuva de caminhões, dormindo ao relento,Lluvia de camiones, durmiendo a la intemperie,
indiferentes à febre da noite de sextaajenas a la fiebre de la noche del viernes
ninguém te ajuda, sob a tempestadenadie te recoge, bajo al tormenta
o último novembro dos anos noventa.el ultimo noviembre de los años noventa.


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