Welcome Home, Son

O retorno ambíguo ao lar em “Welcome Home, Son”

“Welcome Home, Son”, de Radical Face, aborda o sentimento complexo de voltar para casa após um longo tempo. Ben Cooper, criador do projeto, descreve esse retorno como algo “catártico e alienante”, o que se reflete em versos como “Sheets are swaying from an old clothesline / Like a row of captured ghosts over old dead grass” (Lençóis balançam em um varal antigo / Como uma fileira de fantasmas capturados sobre a grama morta). Essa imagem sugere que memórias e experiências passadas ainda assombram o presente, criando uma atmosfera nostálgica e melancólica.

A letra utiliza metáforas para expressar sentimentos de perda e reconstrução. No trecho “Ships are launching from my chest / Some have names but most do not” (Navios estão partindo do meu peito / Alguns têm nomes, mas a maioria não), Cooper fala sobre emoções e lembranças que se vão, algumas reconhecíveis, outras não, simbolizando partes de si mesmo que mudaram ou se perderam. O pedido “If you find one, please let me know what piece I've lost” (Se você encontrar um, por favor me diga qual parte eu perdi) reforça a busca por identidade ao retornar. Já “Peel the scars from off my back / I don't need them anymore” (Arranque as cicatrizes das minhas costas / Não preciso mais delas) revela o desejo de deixar o passado para trás. O verso final, “Here, beneath my lungs, I feel your thumbs press into my skin again” (Aqui, debaixo dos meus pulmões, sinto seus polegares pressionando minha pele de novo), mistura saudade e alívio no reencontro.

A sonoridade acústica e o coro sem palavras intensificam a dualidade entre alegria e melancolia, convidando à introspecção. O sucesso da música, impulsionado por trilhas sonoras e campanhas, mostra como o tema do retorno ao lar e suas emoções contraditórias é universal e facilmente reconhecível.