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O Que Só o Campo Ensina (part. Marcelo Oliveira)

Rafael Capistrano

Chuva fria fim de tarde
Invernia tempo osco
Cheia de sanga correndo
Na curva do último posto

Nos galhos de uma figueira
Corcoveando a contragosto
Num ranchito de barreiro
Topando os ventos do agosto

De uma borrega abichada
Não salvou nem o pelego
Talvez negando serviço
D enpochar os meus arreios

Deixando vida por terra
Pra ser morte lombo alheio
Ou então só serviu pro campo
Vir mais verde no janeiro

Quem sabe o couro encharcado
Não tenha a culpa final
O sangue brotando quente
Sobre as cruzes de um bagual

Mas se a sina campeira
De sofrer pelo mais trigal
Em tempos de geada fria
Mormaceira ou temporal

Não pergunte quem não sabe
Dos encantos a neblina
Não se pede ensinamento
Do que só o campo ensina

O horizonte assim tão perto
E a alma quase não atina
Sentir na ponta dos dedos
O mais distante das retinas

Nas paredes de algum poncho
Gotaços de alguma saudade esquecidas
Deixar correr nas rédeas
Alguma sobra perdida

Da manga d'água insistente
Sobre a pampa cingida
Beija o potro que se ergue
Na primeira luz de vida

Depois é cherga no arame
Um poncho sobreando varal
Rédeas secas penduradas
Sobre as voltas do buçal

Na cerca um laço espichado
Pra completar um ritual
Da liturgia campeira
Que o peão traz consigo miçal

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Composição: Athur Boscato / Eduardo Corrêa / Felipe Silveira. Essa informação está errada? Nos avise.

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