Revolta e identidade periférica em “FVCK” de Raffa Moreira
Em “FVCK”, Raffa Moreira (Lil Raff / BC Raff) utiliza a repetição intensa da palavra “fuck” e um tom provocativo para expressar sua revolta diante do racismo, da desigualdade social e dos preconceitos que enfrenta como jovem negro da periferia de São Paulo. A letra é direta e, por vezes, ofensiva, como em “Mano eu sou negro / Mano eu te odeio / Mano eu tenho maconha / E eu acreditei no meu sonho”, onde o artista mistura orgulho de sua identidade, hostilidade contra quem o discrimina e a afirmação de que, apesar das dificuldades, nunca deixou de acreditar em si mesmo.
O contexto periférico é retratado de forma crua, especialmente nas referências a Guarulhos, chamada de “Guarulhos Iraque” e “Faixa de Gaza”, comparando a violência local a zonas de guerra. Isso evidencia a dureza da realidade vivida por Raffa, em contraste com a vida dos “playboys”, criticados por serem “viciados na porra do LOL” (referência ao jogo League of Legends, associado a jovens de classe mais alta). Ao afirmar que seu estúdio é “uma biqueira” e que “cozinha crack de madrugada”, o artista mostra como, na periferia, as linhas entre arte, sobrevivência e ilegalidade se misturam. O tom autêntico e desafiador da música reforça a mensagem de resistência e a conquista de espaço no trap nacional, deixando claro que seu sucesso é fruto de luta e enfrentamento.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.




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