Faça login para habilitar sua assinatura e dê adeus aos anúncios

Fazer login
exibições de letras 874

Morava, sem muito luxo,
Quase na beira da sanga.
Era vizinha da tuna,
Do cardo e da japecanga.

E tinha por seu costume
Adoçar simples desejos,
Pois quando um homem passava,
Na boca lhe dava um beijo.

Tinha a pureza estampada
Sob o semblante do rosto...
E embora moça direita,
Muitos provaram seu gosto.

E, assim, passava seus dias,
Sempre de trás da cancela,
Dando o seu doce pra tantos,
Sem deixar de ser donzela.

E, assim, passava o aroma,
Seduzindo em cor tão bela...
Junto ao vívido vermelho,
Nas bordas do corpo dela.

Se espalhava pelo vento,
Embalada em seus perfumes,
Feitiço pra muitos tantos,
Principiando os ciúmes.

Lindeira, igual a tantas,
Num viver dependurada...
Esperando um moço certo
Que lhe colhesse adoçada.

Já lhe quiseram impura,
Com mistérios e artimanhas,
Já foi motivo de amores,
Afogada numa canha.

E, quando o inverno chegou,
Seu rancho virou tapera...
O doce se foi embora,
Deixando o amargo da espera.

E quem no inverno passou
E achou seu rancho tapera
– Não se preocupe, a pitanga
Voltará na primavera.

Adicionar à playlist Tamanho Cifra Imprimir Corrigir
Composição: Filipe Corso / Rafael Ferreira / Vitor Amorim. Essa informação está errada? Nos avise.

Comentários

Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra

0 / 500

Faça parte  dessa comunidade 

Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Raineri Spohr e vá além da letra da música.

Conheça o Letras Academy

Enviar para a central de dúvidas?

Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.

Fixe este conteúdo com a aula:

0 / 500

Posts relacionados Ver mais no Blog


Opções de seleção