Dores do Espinho

Tanta gente mentindo pra mim
Essa vida tá um inferno, porque tem que ser assim?
Vários caras que pegam na sua mão
E falam tamo junto, mas só querem te ver no chão
Segue o flow
A meta do jogo daqui é sempre fazer gol
Sem contusão nos meus jogadores
A fábrica é grande, é a fábrica de horrores
Você prega o cheiro das rosas, e eu as dores dos espinhos
Enquanto você me julga, eu te ajudo
Você não enxerga, você tá vendado, mundo parado
Só evolui na ciência e a consciência sobre cadência
E ainda falam de mal influência
Que eu sou má influência

No trampo eu sou negão, na rua vagabundo
Já me cansei do preconceito, isso é um absurdo
E o pior do serviço não é o trabalho
É aguentar a lorota por ser empregado
Sua visão é tão atrasada ou retardada, talvez os dois
E é assim que esse mundo segue
Cego, sujo, só afundando, tão desumano

Guerra pra quê? Quem foi que escolheu morrer?
Por suas ideias, quem foi que quis nascer na miséria
Ninguém, truta, ninguém
Pra que querer milhões?
Saber que tem gente que vive sem ações, comida, sem moradia
Agradeça pelo pão de cada dia, sua estádia

Nossa consciência nunca existiu
O que existe é o câncer chamado ego
Causados por 7 drogas capitais
Foram as drogas reais, as drogas reais
Sou como uma arte do Ronald Borges
Pois fui parado no campo de bola
Hoje suas artes são bolas de ouro
Fazendo história, sua arte é história, Nordeste é história

Eu quero arte e cultura, antes que essas drogas me levem para um rolê de viatura
Eu quero arte e cultura, antes que essas drogas me levem para um rolê de viatura

Tanta gente mentindo pra mim
Essa vida tá um inferno, porque tem que ser assim?
Vários caras que pegam na sua mão
E falam tamo junto, mas só quer te ver no chão