Moldura

A Moldura do Tempo e do Amor em 'Moldura' de Raphael Marrone

A música 'Moldura' de Raphael Marrone é uma reflexão poética sobre o passar do tempo e o impacto que ele tem nas relações amorosas. A letra começa com a constatação de que o tempo muda a nossa percepção das coisas, e que a magia inicial de um relacionamento pode não durar para sempre. No entanto, o eu lírico expressa um desejo profundo de manter o amor vivo, de reviver a paixão adolescente e de fazer planos para o futuro, mesmo que isso signifique lidar com sentimentos intensos como o ciúme.

A metáfora das cinzas de um cigarro é usada para ilustrar como os momentos vão se dissipando com o tempo, deixando apenas lembranças. Essas lembranças, por sua vez, ficam 'presas na moldura de um retrato', simbolizando a tentativa de capturar e preservar momentos felizes que já passaram. A moldura, nesse contexto, representa tanto a beleza quanto a limitação de tentar manter o passado vivo.

A música também aborda a rotina e a monotonia que podem se instalar em um relacionamento. O eu lírico fala sobre como o dia a dia pode apagar a poesia e transformar a paixão em algo frio e distante. No entanto, há uma nota de esperança e determinação em suas palavras. Ele quer 'quebrar essas vidraças', 'acordar a vizinhança' e 'reviver o passado', apostando na esperança de reacender o amor e a paixão. A música, portanto, é uma ode à luta contra a passagem do tempo e à tentativa de manter o amor vivo e vibrante, mesmo diante das adversidades.